sexta-feira, 8 de julho de 2011

Copa América: Brasil-Venezuela, 0-0

Era grande expectativa para ver o ataque do Brasil, com Ganso, Robinho, Pato e Neymar, mas rapidamente se percebeu que a «canarinha» ia ter dificuldades em chegar à baliza de Vega. O Brasil assumiu desde logo as rédeas do jogo, com uma equipa bem adiantada no terreno, com Ramires e Lucas Neiva a servirem de tampão, mas do outro lado estava uma Venezuela muito bem organizada em termos defensivos.

O Brasil dominava, mas não conseguia imprimir a velocidade necessária para entrar na área. A primeira verdadeira oportunidade só surgiu à passagem da meia-hora, na sequência de uma investida de Daniel Alves pela direita a culminar com um cruzamento rasteiro para Pato atirar à trave. A Venezuela não conseguia sair a jogar, mas cedia poucos espaços na sua área. Depois de uma curta interrupção, provocada pela invasão de um cão, nova oportunidade para o Brasil, com Robinho, lançado por Neymar, a entrar na área e, com tudo para marcar, a permitir o corte de Vizcarrondo em carrinho. Até final, apenas mais uma oportunidade, com Neymar a atirar cruzado ao lado.

Muito pouco para as expectativas que se criaram nos primeiros onzes meses de trabalho do novo Brasil sob o comando de Mano Menezes diante de uma das selecções mais fracas da Copa América. Apesar de tudo, Mano Menezes manteve a confiança no onze inicial e manteve tudo na mesma. O Brasil continuou, assim, previsível, lento, à espera que os golos caíssem do céu, mas a Venezuela estava mais confiante.

Perante a pouca agressividade do adversário, os homens de César Farías melhoraram substancialmente na segunda parte e conseguiram finalmente incomodar a defesa «canarinha», com particular destaque para as acções de Arango e Rondón. O Brasil tremeu e Mano Menezes decidiu, finalmente, mexer, abdicando primeiro de Robinho, para apostar em Fred, depois de Ramires (lesionado) e Pato, para reforçar o meio-campo com Lucas e Elano. Ganso e Neymar, os menos produtivos no ataque, continuaram em campo até final.

Com os minutos a passar, o Brasil colocou o rigor táctico de lado e cometeu erros em catadupa, com destaque para Daniel Alves e Neymar, muito perdulários e pouco eficazes.

Tal como a Argentina, o Brasil estreia-se com um empate e parte pressionado para o segundo jogo com o Paraguai.
FICHA DO JOGO

Estádio Ciudad La Plata, em La Plata
Árbitro: Raúl Orosco (Bolivia)
Auxiliares: Efrain Castro (BOL) e Marvin Torrente (BOL)
BRASIL: Julio Cesar; Daniel Alves, Lucio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires (Elano, 76m) e Paulo Henrique Ganso; Robinho (Fred, 65m), Alexandre Pato (Lucas, 76m) e Neymar.
Suplentes: Victor, Adriano, Maicon, David Luiz, Luisão, Sandro, Jadson e Elias.
Seleccionador: Mano Menezes.
VENEZUELA: Renny Vega; Rosales, Perozo, Vizcarrondo e Cichero; Tomás Rincón, Lucena, César González (Di Giorgio, 86m) e Juan Arango; Nicolás Fedor (Maldonado, 79m); Salomón Rondón (Moreno, 65m).
Suplentes: Morales, Rey, Perozo, Alexander González, Seijas, Oroco, Meza, Arismendi.
Seleccionador: César Farias.

Ao intervalo: 0-0.
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Disciplina: cartão amarelo a Thiago Silva (38m), Rondón (62m)
Resultado final: 0-0. 

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