Curiosamente, o primeiro sinal de perigo do jogo surgiu dos pés de Fábio Júnior, que depois de ter alguma sorte em ressaltos obrigou Roberto a uma defesa espectacular para canto. A resposta não tardou e através de uma jogada de encher o olho a qualquer adepto do desporto-rei, o Benfica inaugurou o marcador. Salvio desmarcou Saviola com mestria, o trinta “encarnado” levantou a cabeça e descobriu Alan Kardec solto no centro da área, que só teve de empurrar com classe.
O acelerador ficou preso no fundo e houve muita qualidade no Estádio da Luz. No espaço de dois minutos, Aimar brilhou e só não aumentou a parada devido à boa oposição do guardião da Naval, Salin. No primeiro lance ficou registada uma excelente iniciativa individual de Nico Gaitán, que transformou a defensiva da Figueira da Foz em “manteiga”.
A formação às ordens de Rogério Gonçalves só conseguiu apresentar algum perigo através de bolas paradas e aos 21 minutos, Hugo Machado atirou ao poste, com Roberto a controlar a trajectória do esférico.
Volvidos quatro minutos, o endiabrado Salvio centrou de pé esquerdo para a cabeça de Kardec, que obrigou Salin a defesa apertada no chão. O ritmo de jogo abrandou, mas o Benfica manteve sempre o controlo do jogo, gerindo superiormente a posse de bola. Até ao apito do árbitro Vasco Santos, destaque para um remate do médio defensivo Airton, que chegou a 25 metros da baliza da Naval, encheu o pé direito e lançou uma bomba para defesa muito complicada a dois tempos do guardião francês.
Magia argentina
Nos primeiros 60 segundos da etapa complementar, o ataque dos “encarnados” fabricou uma bela jogada de entendimento e Gaitán brilhou. Salvio apostou numa diagonal para a área, desmarcou Aimar que rematou prontamente para defesa incompleta de Salin para a frente, proporcionando, assim, a Gaitán, um golo de muita qualidade com a parte de fora do pé esquerdo. A bola entrou na “gaveta” e levou o Estádio dos campeões nacionais ao rubro.
Com este golo, a Naval 1.º de Maio quase atirou a toalha ao chão e “ofereceu”, de vez, a iniciativa de jogo ao Benfica, limitando-se a defender no sector mais recuado do seu meio-campo. As oportunidades continuavam a aparecer e o terceiro golo era uma certeza.
A meia-hora do apito final, Salvio voltou a fazer das suas. Ganhou a linha de fundo no flanco direito e centrou a bola para o segundo poste, onde estava Gaitán, mais uma vez no sítio certo, a elevar o número de golos desta ronda da Liga.
Franco Jara entrou para o lugar de Alan Kardec e aos 74 minutos trabalhou com classe na esquerda, trocou as voltas ao marcador directo e centrou rasteiro para Aimar, que com algum infortúnio, acertou no poste.
Passados cinco minutos, Gaitán quase chegou ao hat-trick com um lance de génio. Aproveitou o adiantamento de Salin e arriscou o chapéu, que só não foi bem sucedido porque o guarda-redes da Naval “esticou-se” e cedeu canto.
A equipa da foz do Mondego só teve um lance de registo no segundo tempo. Alex Hauw tentou surpreender Roberto com um remate rasteiro, mas mais uma vez, o guarda-redes do Benfica demonstrou segurança e defendeu para a linha de fundo.
A cereja no topo do bolo estava reservada para os 88 minutos da partida. Nuno Gomes que tinha rendido Gaitán (foi aplaudido de pé pelos adeptos) pressionou Salin que estava fora da área, obrigou o francês a errar e fruto da sua grande experiência, não teve dificuldades em fechar a contabilidade da noite.
No próximo jogo da Liga portuguesa, o Benfica desloca-se ao Estádio Municipal de Aveiro, para defrontar o Beira-Mar.
O Sport Lisboa e Benfica apresentou-se em campo com o seguinte onze: Roberto; Ruben Amorim, David Luiz, Sidnei, Fábio Coentrão; Airton, Gaitán (Nuno Gomes 86’), Salvio, Aimar; Saviola (César Peixoto 76’) e Kardec (Franco Jara 52’).
IN: Benfica Oficial
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