domingo, 19 de setembro de 2010

FanFic- Marie


12ºcapitulo
“Olá. Então como está? Ia ligar pra você ontem mas não queria te acordar, por isso mandei mensagem hoje. Nosso jantar para segunda ainda está de pé, não se esqueça não. Beijinho minha pequena. Gustavo.”

Fiquei contente porque ia mesmo agora ligar-lhe. Embora a mensagem tivesse sido mandada as 13.20h ainda ia a tempo de um telefonema antes do jogo.

Marie: Oláááá- disse super bem disposta.
Gustavo: Oi Marie. Como é? Não respondeu á minha mensagem.- perguntou.
Marie: Bem se te contar como foram os últimos dias desde que cheguei cá nem acreditas. –ri-me.
Gustavo: Ohwé? Que aconteceu?- perguntou preocupado.
Marie: Não foi nada de grave.- parei por instantes e decidi retomar.- Mas na segunda falamos melhor e já te explico tudo.
Gustavo: Mas está tudo bem com você mesmo?- voltou a preocupação.
Marie: Sim, não te preocupes, estou óptima e  estou a adorar Lisboa.
Gustavo: É verdade, e já sabe para onde vai estagiar?
Marie: Sei sim, mas na segunda conto-te tudo.- respondi para lhe aguçar a curiosidade.
Gustavo: Sempre a mesma você. Gosta de me deixar ansioso.- riu-se  eu senti o calor daquele sorriso do outro lado da linha.
Marie: Ahahahaa, oh Gustavo, já tinha tantas saudades destes momentos.
Gustavo: Mesmo Marie.- disse ternamente.
Marie: É verdade, e esse jogo, é a que horas?
Gustavo: Está marcado para as 20h, e ainda vamos ter treino daqui a nada. Estou morto já.- disse-me parecendo realmente um pouco cansado.
Marie: Oh, não sejas fraquinho!- ri-me. Vais ser titular?
Eu adorava estar a par de tudo o que ele fazia, assim como ele em relação a mim. Desde o Vitória que o acompanhava e não queria deixar de o fazer.
Gustavo: Sim vou, finalmente o mister me pôs de inicio !!!- resmungou.
Marie: Que bom Gustavo, fico muito feliz por ti, sabes disso. Gostava de estar aí para te apoiar ,mas sabes que não me é mesmo possível.
O Gustavo jogava a médio ofensivo, ou pelo menos no Vitória sempre jogou nessa posição, e sim, era um bom jogador. Adorava vê-lo jogar e já tinha saudades de o fazer.
Gustavo: Oh mas é claro que sei… Quanto voltar terá todo o tempo para me apoiar.
Marie: É tão bom ouvir-te dizer isso.
Gustavo: Olha agora vou ter de desligar, entro daqui a 10 minutos e ainda quero ir comer qualquer coisa.
            - Eu te ligo na segunda para o jantar. Beijo.
Marie: Beijinhos, e porta-te bem!!

Aquelas pequenas conversas deixavam-me bem. Limpavam-me a alma. Eu gostava muito do Gustavo.
Depois disto peguei no carro e saí de casa. Já estava cansada de estar ali fechada, ainda para mais a casa era enorme!

Como não conhecia a cidade, foi onde o meu instinto me levou.
Entrei no carro e coloquei Ivete Sangalo… oh, como eu adorava aquelas músicas!
Saí em direcção ao Colombo, como a minha mãe me tinha sugerido á algum tempo. Foi fácil lá chegar porque além de morar perto tinha setas com indicadores por todo o percurso. Em 10 minutos cheguei.
Estacionei no parque, tirei i ticket e dirigi-me ao multibanco mais próximo para levantar algum dinheiro. 150 euros devia chegar, queria comprar alguma roupa nova, e além disso ainda tinha algum na carteira.
Entrei no Colombo eram 15.15h. Aquilo era enorme, e estava a abarrotar de gente, ainda para mais era sábado ,e havia inúmeras famílias á espera nas filas do cinema. Mesmo assim gostei do ambiente. No Brasil também sempre gostara de andar às compras nos grandes centros comerciais. Mas ali sentia-me diferente, sentia-me portuguesa, e isso era bom. Os portugueses eram sem dúvida um povo caloroso. ( lembrei-me da Joana e do Rúben e sorri).

Comecei então as minhas compras. Primeiro pensei no que queria comprar. Precisava de uma roupa formal e roupa prática ,para o dia a dia. Como 19 anos que tenho, sou super vaidosa, sempre o fui e não considero isso um defeito.
Dirigi-me á Zara, uma das minhas marcas de eleição desde há muito tempo. Lá era o sítio ideal para comprar algo mais sofisticado.
Entrei e estranhamente não havia muito movimento. Foi á secção dos vestidos e logo se dirigiram a mim.

Empregado: Boa tarde, necessita de ajuda?
Marie: Boa tarde… neste momento estou só a ver, obrigada.
Empregado: Qualquer coisa, disponha.
Marie: Obrigada.

Peguei em 5 dos vestidos que mais me agradaram, um preto que fica sempre bem em todas as ocasiões, 2 floridos, um azul claro mais discreto e por fim um cor de rosa bebé lindíssimo. Todos eles eram curtos, uns mais que outros, mas curtos. Não gostava de vestidos compridos embora fosse alta e os pudesse usar.
Entrei num dos vestiários da loja e experimentei os vestidos. A falta que a Joana me fazia naquele momento!!! Estava indecisa!!! Amei o preto, era justo e delineava bem as minhas curvas, e o cor-de-rosa também me agradava muito, tinha um toque de requinte. O preto eu ia levar, tinha gostado mesmo muito, e o cor-de-rosa, estava indecisa…
Comprei só o preto, e aproveitei para comprar também uns sapatos. Escolhi brancos porque adorava o contraste. O vestido foi barato, 34€, os sapatos 40€.
Paguei, e levei o papelinho, caso quisesse trocar alguma das peças. Não queria, mas trouxe na mesma.
Saí e foi á Bershka. Ia lá sempre que precisava de roupa prática. Bonito e barato era ali.
Entrei, e ali sim, a agitação era muito maior. Adolescentes escolhiam vestidos, colares, saias e tudo o que houvesse para experimentar.
Como tinha feito anteriormente, dei uma volta pela loja, e embora muitas das peças já estivessem escolhidas, lá encontrei umas coisas engraçadas. Peguei em algumas camisolas e 2 pares de calças. Reparei ainda num casaco castanho, muito bonito que me havia chamado a atenção desde que o vira na montra. Peguei nele, era lindo mesmo! Mas infelizmente não tinha o meu número na prateleira. Dirigi-me ao balcão.

Enquanto as empregadas conversavam e outras atendiam os clientes perguntei, inclinando-me.

Marie: Com licença…Pode-me dizer se tem o S, deste modelo?- disse-lhe mostrando o casaco.
Ela olhou para mim, creio que com uma certa inveja. Eu tinha os cabelos muito bem tratados, cintura fina e estava muito bem vestida.
Ao contrário de mim, rapariga que me atendeu era um pouco forte, não que fosse feia, porque até achei que tivesse uma cara engraçada. Mas senti a inveja dela invadir-me quando me respondeu.
Empregada: Não, não temos… O que tem mais saída são os números grandes como pode verificar.
Marie: Sim, mas importa-se de confirmar por favor? –insisti.
A rapariga parecia não ter gostado mesmo de mim e respondeu-me com autoridade.
Empregada: Já lhe disse que não temos esses números pequenos. Se quiser experimentar o L, está á vontade.
Para os meus 57Kg sabia perfeitamente que o L era um pouco largo e não insisti.
Marie: Muito bem, obrigada.
Nem se despediu de mim, mas também não me importei. Segui até aos vestiários da Bershka e experimentei o que havia levado no braço.
Serviu tudo, embora um dos pares de calças me ficasse um pouquinho apertado, até achei estranho porque o meu número era o 36, mas decidi levar na mesma; afinal adorava calças justas!
Paguei os dois pares de calças e 4 camisolas, o preço rondava os 45€.
Saí da loja, estava exausta e já tinha um ratinho a invadir a minha barriga. 

Continua no próximo capítulo...

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