sábado, 31 de julho de 2010

Benfica 4 - Feyenoord 1 , principais destaques

O Benfica entrou praticamente em desvantagem no marcador, ou não tivesse Amorim colocado a festa à mercê de Smolov logo à passagem do minuto 3. Esperava-se uma reacção das águias, mas essa tardou. Estava difícil com um meio-campo amputado de capacidade de recuperação - e ainda mais de imaginação -, e até o adiantamento de Fábio Coentrão, por troca com César Peixoto (sensivelmente aos 20'), só daria frutos à meia hora de jogo. Aí, numa boa combinação com David Luiz, o miúdo das Caxinas viu o central atirar à barra. Foi o primeiro de três tiros encarnados aos ferros! Minutos depois (41'), o próprio "Di Coentrão" ganhou fama de perdulário na cara de Mulder ao permitir a defesa do guardião holandês. No fundo, as águias deram meia hora - e ainda um golo, lá está - de avanço aos comandados de Mario Been. O tempo é precioso, e se Jorge Jesus tinha dito que os ingleses do Sunderland foram presa fácil, este Feyenoord andou longe, bem longe, de o ser. Afinal, os homens de Roterdão também começam os jogos a doer no próximo fim-de-semana e não só já apresentam algumas rotinas como mostraram uma interessante qualidade técnica.
Jesus percebeu então que era altura de pôr em prática o já afamado plano B. Ao intervalo, reformou as contas para o 4x3x3 lançando Airton, Ramires, Jara e Cardozo. Com Coentrão a todo o gás na esquerda, quatro minutos bastaram para que a parceria com o Tacuara explodisse. Para responder ao cruzamento rasteiro do internacional português, lá estava o goleador a facturar e, curiosamente, seria mesmo com o esquema alternativo que a águia sufocou os holandeses. Foram 20 minutos a todo o gás, com Airton bem mais certo do que Javi García e a dupla Jara-Saviola sempre em movimento na tentativa de esburacar a defesa adversária. Não espantou por isso que Cardozo ainda tivesse cabeceado à barra (57') antes do único lance de perigo criado pelo Feyenoord em toda a segunda metade, com Biseswar a disparar para enorme defesa de... Roberto!
Muito rematador, David Luiz voltou a acertar no ferro (65'), e aqui acabou o verdadeiro gás dos encarnados. Nem por isso, todavia, o Feyenoord conseguiu ter o mesmo discernimento nas saídas para o ataque, nascendo aí a reviravolta benfiquista (segunda nesta pré-época, depois da apresentação com o Mónaco): parado, Ramires recolheu um mau passe para o transformar em arte na direcção de Cardozo. Pouco depois, Felipe Menezes mostrou que também sabe marcar livres directos e, já em fase de testes para Jorge Jesus - acabou com um 4x4x2 à Quique Flores -, o mesmo Tacuara, que também acertou num poste, ofereceu a Rúben Amorim a hipótese de se redimir da falha madrugadora. Amanhã é a vez do Aston Villa. 

Como começou | 4x4x2

 

Jorge Jesus quis manter-se fiel ao sistema mais utilizado na época passada e nesta pré-temporada, mexendo apenas nos nomes das pedras do losango do meio-campo. De realçar apenas a troca de César Peixoto com Fábio Coentrão logo aos 20', pois o primeiro não dava a profundidade exigida. 

Como começou a 2º parte | 4x3x3

 

Com o intuito de mudar o rumo dos acontecimentos, Jesus abriu mais o jogo colocando Ramires encostado à direita, Fábio Coentrão bem aberto no flanco contrário e apenas Airton a fazer de tampão. Mais à frente, Jara e Saviola tentavam fazer girar o carrocel em torno do homem mais fixo: Cardozo.

In: O Jogo

2 comentários:

  1. Bom dia!
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    Façam por favor o mesmo.

    Bom trabalho

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  2. Viva Maria João, só agora aqui vim porque estive de férias e férias são férias.
    De facto este espaço está siplesmente genial e será certamente seguido por mim.
    Não sei se sabes, mas o livro que foi entregue ao D. Luiz na final do torneio do Guadiana é obra da Lua, uma colega blogger do Sport Lua e Benfica.

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